Levantamento realizado pela RBS TV mostra que o governo federal irá gastar, até o final de 2016, R$ 81,4 milhões com cafezinho nos ministérios e na Presidência da República. O valor é referente a pelo menos 33 contratos vigentes, 21 deles renovados neste ano e com validade até o final do ano que vem.
O orçamento destinado ao cafezinho é maior, por exemplo, do que o governo federal previa repassar para a Secretaria da Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência, que tinha previsão de receber R$ 51 milhões em 2016, e para a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que tinha previsão de receber R$ 80,7 milhões no ano que vem.
Os dois ministérios foram incorporados a outras pastas na reforma ministerial anunciada na última sexta-feira (2) pela presidente Dilma Rousseff. Com isso, a previsão de orçamento para as duas pastas deve sofrer alterações no Congresso Nacional, durante a votação do Orçamento de 2016.
O levantamento levou em conta apenas os contratos firmados para atender as sedes e os anexos dos ministérios e da Presidência em Brasília. Os contratos firmados por agências, empresas públicas, autarquias e outros órgãos do governo federal não foram analisados.
Para o secretário-geral da ONG Contas Abertas, especializada no acompanhamento dos gastos públicos, Gil Castello Branco, essas despesas são um exemplo do "mau uso" do dinheiro público.
"É um gasto exorbitante, é um gasto supérfluo, é um gasto desnecessário sobretudo em um momento em que o país passa por um ajuste fiscal tão rigoroso. Não é obrigado o contribuinte a estar pagando o café e o serviço de copeiragem de qualquer burocrata", afirmou.
"É um gasto exorbitante, é um gasto supérfluo, é um gasto desnecessário sobretudo em um momento em que o país passa por um ajuste fiscal tão rigoroso. Não é obrigado o contribuinte a estar pagando o café e o serviço de copeiragem de qualquer burocrata", afirmou.
G1
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